domingo, 8 de maio de 2011

Estações ferroviárias são registradas em selos pelos Correios


Ao emitir selos postais, os Correios valorizam temas de destaque no País. Ressaltando os diversos caminhos percorridos ao longo da construção da identidade do Brasil, os selos emitidos retratam as estações ferroviárias centenárias, marcos históricos e arquitetônicos: Estação da Luz/SP, Júlio Prestes/SP e Central do Brasil/RJ. É compromisso dos Correios registrar nestas emissões os esforços dos brasileiros na construção de estações que foram o ponto de partida para levar o desenvolvimento a vários lugares do País.
Lançados no último dia 30 de abril, a estampa de cada selo é enriquecida com uma vinheta, que tem como motivo comum um ramo de café, com a flor e o fruto, produto forte da economia na época, elemento básico na origem das estações. Na composição dos selos, o artista Luiz Santos utilizou a fotografia, a ilustração à guache e computação gráfica.
Foram impressos 300 mil exemplares de cada modelo. Cada selo custa R$ 1,10 e pode ser adquirido nas agências e na loja virtual dos Correios (www.correios.com.br/correiosonline).


Estação da Luz:
Ponto turístico e um dos poucos monumentos históricos da cidade tombado como patrimônio nacional, a Estação da Luz, hoje operada pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), completou, no dia 1º de março de 2011, 110 anos de existência. Cantada e descrita em verso e prosa, retratada em diversas manifestações culturais, exposições fotográficas, cartões postais, novelas, minisséries e até mesmo em propagandas comerciais, a edificação foi ponto fundamental para o desenvolvimento da cidade no século XX. 
Além de embelezar a cidade com a sua arquitetura inglesa, de forte inspiração vitoriana, a Estação da Luz ainda hoje exerce papel tão importante quanto o da sua origem, no início do século passado, quando o principal objetivo era escoar a produção de café para o porto de Santos.
Atualmente, mais de 400 mil pessoas circulam pela estação. 
Durante esses anos, sua imagem foi se fixando como símbolo de São Paulo. Seu conjunto arquitetônico não é só um referencial urbano, faz parte da vida do município. 
A Estação também oferece acesso à diversas atrações culturais de São Paulo como a Pinacoteca, o Museu de Arte Sacra e a Sala São Paulo. Além disso, o prédio da estação abriga em seus andares superiores o Museu da Língua Portuguesa. 
O primeiro prédio da Luz ocupava uma edificação acanhada e era chamada “Estação São Paulo”. Só a partir de 1901, data de inauguração do prédio atual, é que ela foi denominada Estação da Luz.

Estação Júlio Prestes:
A imponente Estação Júlio Prestes, um dos cartões postais de São Paulo, foi projetada pelo arquiteto Cristiano Stockler das Neves e levou mais de dez anos para ser construída, entre 1926 e 1938. O complexo nasceu da necessidade da antiga Estrada de Ferro Sorocabana em construir uma nova estação mais adequada ao transporte de passageiros e em harmonia com a arquitetura da cidade no início do século XX. A riqueza do café impulsionou o empreendimento. 
O primeiro edifício chamado de “Estação São Paulo”, que ficava na esquina das hoje ruas Mauá e General Couto de Magalhães, foi inaugurado em 1875. Ali, funcionou até 1914. Restaurado, o edifício acabou se transformando no Museu Estação Pinacoteca. 
Até 1951, a estação manteve o mesmo nome original: São Paulo. Desde então, passou a ser denominada Estação Júlio Prestes, em homenagem ao ex-presidente do Estado de São Paulo e presidente do Brasil eleito pelo voto popular em 1930, mas impedido de assumir o cargo por um golpe militar no mesmo ano que constituiu uma junta militar e concedeu o poder a Getúlio Vargas, líder das forças revolucionárias. 
O complexo da Estação Júlio Prestes segue marcando sua presença na cidade, contribuindo com a cultura, a arquitetura e a história, além de servir milhares de passageiros que utilizam os trens da Linha 8-Diamante da CPTM.

Estação Central do Brasil:
A estação ferroviária Central do Brasil, localizada no centro da cidade do Rio de Janeiro, é a estação de trem mais conhecida do Brasil. Já foi chamada de Estação do Campo, Estação da Corte e, até o ano de 1998, de Estação Dom Pedro II, denominação pela qual também é conhecida. 
A estação foi inaugurada em 29 de março de 1858, com uma viagem feita com a comitiva imperial. O prédio foi reformado anos mais tarde e demolido nos anos 30. A estrutura atual começou a ser erguida em 1935, com um corpo principal de sete pavimentos, uma torre com 28 andares, 134 metros de altura e plataformas de trem. Em 1943, foi inaugurada a nova estação inspirada no movimento artístico art déco, com o grande relógio de quatro faces. No entorno foram criados terminais para ônibus e metrô integrados à ferrovia. 
Hoje, da Central do Brasil saem trens de diversos ramais ligando o Centro aos demais bairros da Zona Norte e Oeste do Rio de Janeiro, além dos 11 municípios da Baixada Fluminense. Cerca de 600 mil pessoas circulam pela Central do Brasil por dia. Tornou-se um verdadeiro centro comercial e um ponto de encontro entre amigos. São inúmeros serviços, além de entretenimento e diversão. 
A Estação ficou ainda mais conhecida ao ser cenário do premiado filme brasileiro “Central do Brasil”, de Walter Salles, indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 1999.

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