domingo, 25 de novembro de 2012

Escola "Philadelpho Gouveia Neto" figura entre as nossas melhores públicas no Enem 2011

Escrito por Diarioweb

O resultado do Enem, divulgado nesta semana pelo Ministério da Educação, escancara a disparidade de nível entre as escolas públicas e particulares de Rio Preto e região.
 No ranking das 50 escolas com melhores notas, 49 são particulares. A honrosa exceção é a escola técnica rio-pretense Philadelpho Gouvea Netto, a única estadual. 
Os dados, referentes ao exame de 2011, mostram que não houve evolução em relação ao ano anterior, quando apenas uma pública, Philadelpho, figurou entre as “top 50” - a 17ª da região e a 9ª de Rio Preto. As quatro melhores escolas do ranking são de Rio Preto. O O colégio Kelvin é o primeiro da lista com 655,88 pontos entre as provas de multipla escolha. A nota da redação não foi computada pelo MEC para compor a média. 
De acordo com o diretor do Kelvin, André Roso, o colégio foi criado em 2009 e esta é a primeira vez que os alunos e a escola participam do Exame. “Fico muito feliz com o resultado dos nossos alunos. A fórmula do sucesso é bem simples, professores bem remunerados e alunos estimulados a aprender. Cobramos muito deles. Toda semana eles são avaliados”, afirma o diretor. 
Ex-aluna do Kelvin, Patrícia Silva de Marco, 18 anos, prestou o Enem no ano passado e hoje cursa o 1º ano de medicina na Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp). “Hoje eu estou realizando um sonho, estou fazendo a faculdade que sempre quis. Saí do ensino médio direto para o curso superior. Fiquei muito feliz com o resultado da escola”, explica a garota, que também passou nos cursos de medicina na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e na Federal de Uberlândia. “Eu tive o prazer de escolher a faculdade que estudaria”, afirma. 
Entre as escolas da região, o Centro Educacional Castilho Santos, de Jales, é a melhor qualificada, com 624,94 pontos na média e a quinta na lista geral. A Philadelpho Gouvea Netto, que é adminstrada pela Secretaria de Ciencias e Técnologia do Estado, aparece no 17º lugar, com 599,8. Entre as escolas de Rio Preto ela é a 9ª colocada. 
Para a diretora da escola, Valéria Regina Donatouri Anguera, os cursos de capacitação oferecidos aos professores e a dedicação deles ao ensino são fatores que ajudam na qualidade do aprendizado dos alunos.“É uma honra estar entre as 10 melhores de Rio Preto. Além da qualidade dos professores é preciso também salientar a qualidade dos alunos, que já chegam na escola preparados e comprometidos com o ensino”, explica. 
Com relação ao Enem de 2010 a escola apresentou queda de 29,47 pontos na nota de 2011. Em 2010 a escola conseguiu atingir 629,27 pontos. A diretora disse que precisa analisar o motivo da diferença para poder se empenhar na melhora da qualidade do ensino. 
“Nossos professores vão analisar o conteúdo das provas e ver se houve uma mudança no perfil da avaliação. Se isso for detectado, vamos nos dedicar e adaptar a essa mudança. Esse é um momento de reflexão para depois colocarmos em prática”, afirma. Depois da Philadelpho, a próxima escola pública a aparecer no ranking formado por 140 escolas é a Escola Técnica de Fernandópolis, com 565,5 pontos, 
ocupando o 51º lugar. 
Tradição
 As escolas públicas mais tradicionais de Rio Preto, Monsenhor Gonçalves e Pio X e Professora Dinorath do Valle foram as únicas que conseguiram nota acima dos 500 pontos e ocupam o 80º, 81º e 84º lugar entre as escolas da região. Ao analisar apenas as escolas de Rio Preto elas figuram na 25ª, 26ª e 27ª posição. 
Enem 
Enem foi criado em 1998 pelo MEC para avaliar habilidades e competências dos estudantes que estão no final do ensino médio. Em 2009, o exame foi reformulado e passou a ser usado como processo seletivo para universidades. As escolas têm até 30 dias para recorrer das notas obtidas.


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