sábado, 4 de janeiro de 2014

Mandato: salvo-conduto para roubar!


SALVO CONDUTO
 PARA ROUBAR

Este país tropical tem jeito sim e só depende de nós, desde que unidos exerçamos a cidadania em toda a sua plenitude. Defender o patrimônio público e questionar os problemas sociais, éticos, políticos, econômicos, educacionais e científicos são deveres de todos, tenham ou não militância partidária. A dúvida no meio político é altamente construtiva pois hoje mais do que nunca os valores morais estão valendo menos! A sociedade tem de assumir uma nova postura e participar com vontade férrea do processo eleitoral. É preciso mudar radicalmente o modelo atual e impor uma legislação que penalize exemplarmente os crimes de corrupção. Em todas as campanhas eleitorais os candidatos estufam o peito e proferem frases sem oxigenação de que farão as reformas necessárias! Eleitos, fingem esquecer e de vez em quando para dissimular, trocam uma virgula aqui, um acento acolá para que tudo continue do jeito que está, pois se está bom para eles, o povo que se dane e “se não tem pão que coma brioches” como teria dito a guilhotinada Maria Antonieta, Rainha da França”! Precisamos de campanhas de esclarecimentos orientando o povo para exigir o respeito pela legalidade e pelos direitos de todos! “O conhecimento transforma a vida das pessoas levando-as à aprendizagem e à mudança”. Isto é indispensável para um novo tempo de moralidade. Só existe um local onde se possa exigir mudanças que é o Congresso Nacional. Com congressistas dignos teremos um novo país. Sem essa disposição concreta para se mudar o presente e sombrio cenário político, vamos continuar assistindo ao mesmo filme, o mesmo enredo, mudando apenas os atores ou como diz o vulgo: “mudam as moscas mas o dejeto continua o mesmo”. Todavia, não basta a elaboração de leis para corrigir essas excrescências, se não houver um desejo que parta da vontade popular. Há décadas a classe trabalhadora e empresarial estão saturadas desse modelo, mas têm feito muito pouco para modifica-lo. O problema como se nota é mais cultural do que jurídico, daí a necessidade de uma mobilização geral para o exercício da cidadania, que é a consciência de ser membro da sociedade com direitos e responsabilidades para o bem estar geral. Não podemos continuar assistindo passivamente a transformação do voto em mercadoria. Atualmente poucos são os eleitos. A maioria compra o mandato e o usa como verdadeiro salvo-conduto para mentir, roubar e até matar impunemente! Em decorrência disso, raros são os dias em que a imprensa não nos informa sobre a ocorrência de atos desonestos em órgãos públicos! Até quando vamos ter de conviver com políticos venais? Somente irmanados no mesmo ideal de amor à pátria é que poderemos abater esses covardes! Para muitos, pensar assim pode ser uma utopia diante da roubalheira que pulula por todos os lados. Mas que me desculpem os céticos, não podemos nos silenciar diante de tanta imoralidade. O direito de contestar, manifestar e reivindicar antes de ser legal é moral. A tarefa não é fácil diante da ignorância de uns e desinteresse da maioria acomodada. É depurando na dor que nos aperfeiçoamos. Precisamos gostar mais do Brasil. Acabamos de ver torcedores se matando em defesa de seus times! Briguemos sim, mas pelo time da República Federativa do Brasil! A nossa mãe gentil abençoada por Deus e rica por natureza também quer que briguemos, não por tolices como essas e sim civicamente. Ela quer que seus filhos não fujam à luta e eliminem para o todo e sempre essa doença traiçoeira chamada corrupção política. Obedeçamos a ela. Levantemo-nos da cadeira para conjuntamente e de mãos dadas construirmos um caminho seguro, sem cegueiras e sem sectarismos! Como recompensa, teremos homens públicos honrando suas palavras, cumprindo suas promessas e fazendo o melhor para o bem estar de duzentos milhões de condôminos!

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